quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Debate sobre a OMB em Vilhena.

Foi realizado ontem (20/02/2008) na Associação dos Moradores do Setor 6 um debate sobre a atuação da OMB em Vilhena e consequentemente no estado de Rondônia. O debate, marcado para as 18 h, teve início às 18:42 quando Valdir Alberto, músico e apresentador de TV, expôs a sua preocupação diante às exigências da OMB, que, segundo ele e várias pessoas presentes na reunião, não condiz com a realidade da qual a maioria dos músicos vilhenenses vivem.O valor para confecção da carteira, primeira anuidade e taxas para burocracia, que no total é R$ 220,00, que é inviável para muitos músicos da cidade, além de não se ver nenhuma vantagem clara ao adquirir a carteira, a não ser o fato que se pode tocar sem a interferência indesejada de um fiscal.Na reunião estava presente o Sr. Roberlei, advogado, que ali estava para prestar esclarecimentos jurídicos aos músicos presentes. Foram apresentadas à ele liminares que foram concedidas em outros estados favorecendo à músicos que se põe contra às exigências, às vezes arbitrárias, da OMB. Ele se dispôs a estudar possíveis recursos a favor dos músicos que se sentirem cerceados pela atuação da instituição no município de Vilhena.O maestro Ronis Salustiano, delegado da OMB em Vilhena também se fez presente na reunião, o que ajudou a elucidar várias dúvidas dos músicos presentes. Ele explicou que a OMB quer regularizar a profissão de músico em nossa região, promete vantagens aos músicos como convênios como comércio entre outros fatores. Também falou que é uma forma de “proteger” os músicos locais contra músicos “irregulares de fora que tomam o lugar de músicos regularizados no município”.A reunião foi bastante produtiva, já que muitos músicos da cidade não conheciam o delegado regional (e a recíproca é verdadeira) e puderam saber mais sobre a atuação da OMB não só no estado como no país todo. A maior crítica ficou clara que é a cobrança de um valor que não condiz com a realidade financeira de vários músicos do município e também da não clareza de alguns aspectos positivos que a OMB poderia apresentar. Fora o fato de que o delegado citou sobre a questão da aposentadoria como músico, que só seria possível para quem dispõe da carteira da ordem, algo que foi corrigido por um senhor que é aposentado como músico, mas não precisou apresentar a carteira da ordem para tal. Bastou contribuir para o INPS (das antigas) e cumprir com suas obrigações previdenciárias. Esse fator deixou claro que ainda existem pontos obscuros que deixam fazem muitos músicos fazerem a carteira de músicos mais por receio do que por livre e espontânea vontade.No fim do debate o maestro Ronis prometeu a visita do presidente do conselho regional da Ordem para semana que vem (a que era prometida para essa semana) para elucidar os pontos que ficaram obscuros ainda nesta reunião, que com certeza foi a primeira de muitas outras de interesse para os músicos locais.Como citado o saldo do debate foi positivo, com a abertura de diálogo aberta pelo representante regional da OMB, Sr. Ronis, e também com atitudes positivas como a de Valdir Alberto, que é a de reunir artistas para fazer valer seus direitos e esclarecer dúvidas que afetam a todos os interessados. E tudo acontecendo em um clima cordial e informativo, como todo bom debate deve ser.

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