terça-feira, 4 de março de 2008

II Festival "Dias de Luta": Música, cultura e diversidade


Por: Rodolfo Bártolo.

Todos esperavam por mais um evento dos calouros, lotado na escadaria que sempre reuniu quase todas as gerações. Desde os punks (hoje até se formaram ou jubilaram) até os atuais Emos sebosos e maquiados. A chuva que atrasou alguns momentos logo parou e melhorou ainda mais o clima que estava muito abafado. E eu, que já tava chegando atrasado na 3° atração e acabava de receber a notícia, que Bruno Rocha que havia tocado para abrir o evento, ele me contou que tocou trinta minutos de suas músicas e dois covers do Zé Ramalho pela insistência da galera, me adiantou que tá vendendo um CD de músicas que gravou só voz e violão (tenho um CD desses e até que tá bom de ouvir).

A banda que tocava quando cheguei foi a Innocence que mandou um repertório convincente, é um hard-core melódico e composições suas e da Scrooff (extinta banda dos irmãos Gabriel e Felipe). Um show legal, com destaque para o batera Felipe que parecia ter mais presença e pegada no palco.

A próxima banda a subir na escadaria era a “aventurada” Kid Ventura que tocou somente covers de clássicos anos 70 e 80, isso depois de algum tempo acaba ficando extremamente chato no meio de uma galera que ta a fim de ouvir novidades, no entanto bares e festas temáticas aproveitariam muito bem o tal repertório, a banda tem músicos bons, porém não tão dedicados, destaque para o Aime que parece tocar com muita felicidade e estilo.

Aí veio os caras do Bicho Du Lodo, deveriam estar bem empolgados depois da mini-tour Sampa/Cuiabá, talvez a banda mais esperada da noite. Os “Bichos” tem músicas muito legais, boas letras pra nós beradeiros, é tipo uma levada tribal com baião e pedais duplos quando menos se espera, o Bode lidera o set list, regendo todos os erros e acertos. A banda tem muita criatividade, porém carece de uma precisão, ou mais coesão, em suas execuções. “Fiquei de cara, os caras tocaram tão bem em sampa e chegam aqui pra errar besteiras” disse Bode o vocal e guitarra da banda.

E pra encerrar o evento veio à banda Raul com seu fiel público, ficam só os highlanders. Apesar de não mostrarem novidades musicais representam uma grande resistência no Rock da cidade, a banda tem mais de dez anos de história e sempre será ouvida pelos highlanders. Espero ansioso que eles melhorem.
* Na foto a banda Bicho Du lodo.

Um comentário:

Unknown disse...

parafraseando chico science, esse comentário vai ser "de tiro certeiro". havia sido comentado sobre o desleixo nas resenhas do blog. esta última ainda tá deixando a desejar.

vamos por partes:

1 - o resenhista chegou atrasado (consideração...)

2 - "destaque para o aime que parece tocar com muita felicidade e estilo". eu fiquei aqui me perguntando o que o aime toca... pandeiro? harpa? cuíca?

3 - tá certo, essa eu assumo que é ego de guitarrista falando mais alto, mas como o resenhador é baterista, ele fala bastante dos ritmos, e outros detalhes ficam em segundo plano, e isso não é legal.

4 - acho que resenha de festa é pra dar uma noção holística, abrangente de como foi a festa... ficou meio solto só falando das bandas.

são essas minhas humildes considerações, espero que cada vez melhore os níveis das resenhas.

abraços a todos.